-
Arquitetos: box: arquitectos
- Área: 4986 m²
- Ano: 2019
-
Fotografias:Fernando Guerra | FG+SG
-
Fabricantes: GRAPHISOFT, Mapei, Technal
Descrição enviada pela equipe de projeto. Numa abordagem à comunidade sem abrigo, o edifício resolve a questão do apoio imediato temporário, fornecendo condições básicas de habitabilidade, bem como de cuidados primários. Composto por três instituições sociais distintas, o espaço distribui-se de forma genérica entre, dormitórios, áreas recreativas e espaços administrativos. De forma especifica, o programa interior, é definido por áreas de descanso, compostas por dormitóriosmasculinos e femininos, variando entre unidades individuais, duplas e triplas, zonas de convívio e recriação, fazendo parte destas, bare refeitório. Os gabinetes de gestão, gabinete médico e salas de pessoal de manutenção, complementam o programa funcional base.
Deste programa, fazem ainda parte áreas de trabalho de ocupação temporária, hortas pedagógicas e zonas de jardinagem, no seu exterior, cuidadas pelos próprios utentes das instituições, contribuindo para a sua integração social. O complexo programa, dá forma ao edifício, na expectativa que a arquitectura recrie ambientes de acordo com a dignidade dos utilizadores. Sob o ponto de vista urbano, o edifício assume a capacidade de desenhar a envolvente, qualificando o bairro onde se insere, estruturando o desenvolvimento urbano de parte da cidade, numa perspetiva de expansão urbana estruturante.
Esta responsabilidade estruturante, é conseguida pela ausência de fachadas secundárias, assumindo o edifício funções destintas em cada alçado, existindo em cada um deles um programa específico funcional. Se por um lado o alçado sul recebe a entrada principal administrativa, o alçado norte, funciona como zona de lazer anexa ao refeitório. Poente reserva-se à entrada e desenvolvimento de oficinas. Nascente está ligado à recepção de utentes de apoio social.
De forma adequada, o edifício tinha que resolver, a entrada de luz num corpo que embora dinâmico, assumia uma volumetria considerável com o programa necessariamente virado para o seu interior. Assim, as rasgadas aberturas nas diversas coberturas, permitem a natural e constante iluminação do edifício, proporcionando uma utilização do conjunto, de forma funcional. No seu conceito, a arquitectura do edifício, explora de forma exaustiva a sua implantação e confrontação ao plano marginal em todos os seus alçados, considerando ainda, a cobertura o seu quinto alçado. Desta forma o projecto, dialoga de forma directa com a malha urbana envolvente, assumindo-se com unificação comunitária, num entendimento lógico de cidade.
